sábado, 30 de outubro de 2010

RS: 10, 11 e 12 de novembro na 56a. feira do Livro de Porto Alegre

II Seminário AEILIJ - Por um espaço especial para a Literatura na escola

*Sugestão de leitura: 

Inscrições abertas!

Tema: O politicamente (in)correto em Literatura Infantil e Juvenil
Coordenação: Hermes Bernardi Jr. - Coordenador regional AEILIJ/RS
Promoção: AEILIJ e CRL
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Mesas/Palestras

Local: Casa do Pensamento
Dia 10/11, às 19h - Abertura 
Palestra: Por que tanta literatura?, com o escritor e psicanalista infantil Celso Gutfreind/RS

Dia 11/11, das 17h30min às 20h30min - 
Mesa: Caminhos possíveis para a formação e qualificação de um leitor reflexivo 
Debatedores: Ilan Brenman (escritor/SP), Elaine Maritza (editora/RS), Luiz Antônio Aguiar (escritor/RJ) e Rosinaura Barros (bibliotecária/RS). 

Mediação: escritora Sandra Pina/RJ

Dia 12/11, das 17h30min às 20h30min - 
Mesa: Temas excluídos e polêmicos nas narrativas infantis e juvenis - como inseri-los no cotidiano do leitor? 
Debatedores: Rosa Amanda Strausz (escritora/RJ), Márcia Leite (escritora/SP), Leonardo Chianca (escritor e editor/SP) e Lucrécia Raquel Fuhrmann (coordenadora de projetos da Sec. Municipal de Educação de São Leopoldo/RS). 

Mediação: escritora Marô Barbieri/RS
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Oficinas

Local: Ateliê da Imagem
Dia 11/11, das 14h as 17h - 
Oficina: Como abordar temas polêmicos na escola e na família, com a escritora Anna Cláudia Ramos/RJ
Dia 12/11, das 14h as 17h - 
Oficina: A reconstrução do imaginário - estímulos para a produção textual em sala de aula, com o escritor e ilustrador Hermes Bernardi Jr./RS
Local: Ducha das Letras
Dia 11/11, das 14h as 17h - 
Oficina: Histórias que pintam, com a escritora Jacira Fagundes/RS
Dia 12/11, das 14h as 17h - oficina c/ Heloisa Prieto/SP
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Encerramento - 12/11 - 19h

Local: Casa do Pensamento
Palestra: Os clássicos na fogueira - o caso Monteiro Lobato, com o especialista em LIJ João Luiz Ceccantini/SP

Postado por H 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SP: Quintas (32)

SÃO PAULO DE TODOS OS DESTINOS

Mereces um brinde, campeã. Difícil andar nas tuas calçadas, quase não há mais espaços. É a economia informal.

Nunca se sabe ao certo quantos discos um cantor vendeu, pois a indústria não contabiliza a venda em camelôs. Os sulcos nos rostos dos que fazem a tua história são as marcas dos teus caminhos de carvão, diesel e néon. 

O Anhangabaú das tuas lavadeiras de outrora está lindo. As águas das tuas chuvas transbordam e as águas de março são os tons do Tom que partiu. 

Adoniran seria a palavra da tua saudade, quando os demônios cantavam na tua garoa. Mas, como a chuva renova a vida, a garoa se foi. E veio a poluição, e os teus poetas em silêncio. Alguns projetam sobre o concreto o laser azul da poesia que salpicas na insensatez da tua correria. Tua Light virou shopping, teu Municipal é lindo, tuas ferrovias, e vias teu carnaval deixando os salões... 

Hoje os jovens das tuas galerias partem para o Rio. O Festival chamado Rock in Rio foi a atração do teu primeiro janeiro do século. 

A periferia festeja noivados e batizados. Nos varais, o colorido do teu povo pobre e nas ruas a alegria se dissolve na poeira. Nas favelas os templos surgem e a fé se alastra em rezas e súplicas. Moços e velhos choram seus mortos e buscam esperanças nas nuvens, enquanto teus internautas procuram amigos virtuais. 

Neste janeiro não vi o teu índio Chiquinho dançando com as castanholas no calçadão da Piratininga, mas numa livraria folheei Mário de Andrade. São Paulo de tantos poetas, onde estás nas tardes que se fecham diante da Tv? 

Gosto de passear em ti quando é sábado de manhã, descobrir pouco a pouco um detalhe que não havia reparado, um restaurante, um sebo, uma ladeira, um edifício... 

Feliz aniversário, querida. Teus paralelepípedos têm a alma de cronista; tua catedral, teus namorados na Paulista, teus universitários, tua violência assustadora... 

Queria ser assim tão baiano que só quando cruza a Ipiranga com a São João e Santo Antonio e São Pedro e todos os santos ausentes nas tuas raras fogueiras, nas tuas juninas que se refugiam e sobrevivem nas quermesses... 

Eu te amo, mesmo que não tenhas a calma de uma Pindamonhangaba. São, São Paulo de Tom Zé, Parabéns! 

Você é o mundo inteiro. Basta se andar na tua Liberdade, na tua Bexiga, na tua São Miguel, pra se encontrar os teus japoneses, os teus italianos e os teus nordestinos. E saber que em Sampa, em Sampália, em São Paulo, se tecem todos os destinos.

****
MARCIANO VASQUES 


Um comentário:

VELOSO29 de outubro de 2010 07:09
Adoro caminhar por seus escritos meu amigo!

SP: Manuel Filho - Lançamento do seu novo CD

Queridos amigos,

Quero convidar a todos para assistirem ao show de lançamento do meu novo CD, "Raízes" . 

O show terá única apresentação na sexta-feira dia 05/11 no histórico e sensacional Teatro Oficina (Rua Jaceguai, 520) às 22:00h.

O repertório do novo disco está bastante interessante e o show ainda conta com participações especialíssimas de Fernanda Gianesella, Rita Braga e Cristina Lemos. 

Além de composições próprias, cantarei Noel Rosa, Custódio Mesquita, Fran Papaterra entre outros.

O ingresso custará R$20,00 ou 1 quilo de alimento não perecível que será doado a uma instituição de caridade . 

O show está lindíssimo, quero muito contar com a presença de todos.
Aproveite para visitar o meu site www.manuelfilho.com.br

Beijos e abraços e até dia 05 de novembro às 22:00h no Teatro Oficina .


Direção de cena - Flávio Faustinoni
Direção musical - Beto Marsola
Direção de produção - Ana Nero
Designer de luz - Carmine D´amore
Assessoria de imprensa - Iara Filardi

Músicos:
Violão - Beto Marsola
Baixo - Xinho Rodrigues
Teclado - Leandro Neri
Percussão - Bira Azevedo

domingo, 24 de outubro de 2010

SP: Um livro do qual gostei muito - A nuvem que chegou lá

A nuvem que chegou lá

O texto é da escritora Mariluiza Campos, com ilustrações de Lúcia Maria. Foi publicado pela editora Vozes.

Essa história fala sobre uma pequena nuvem que se soltou de um "colchão de nuvens". A princípio, era rala e leve. Aos poucos, foi se arredondando e virou uma bola fofa, como algodão branquinho. Suas irmãs que haviam ficado lá no colchão, preocupadas, chamaram por ela, porém, a pequena nuvem fingiu não ouvir. Estava decidida a viver sozinha, sem ninguém pra pegar no seu pé. Distraiu-se, olhando para baixo, observando uma cidade que se aproximava, com suas praças, carros, chaminés, piscinas, favelas...

Enquanto isso, o colchão de nuvens foi se distanciando dela e, quando percebeu, estava só, no céu azul. Lembrou-se de experiências passadas, do tempo em que era parte de um cirro, pequenas nuvens brancas que ficam bem no alto do espaço. Depois, virou uma nuvem grande que ia mudando de forma. Essas nuvens são os cùmulos, ora castelos, ora bichos, coisa muito interessante. Com saudades, lembrou-se de que suas irmãs nuvens gostavam muito de ser estratos, aquelas nuvens compridas que acompanham o nascer ou pôr do sol. A pequena nuvem entendeu que precisava realizar alguma coisa na vida, e que de nada adiantava ficar rolando sozinha pelo céu. Resolveu procurar companhia e viajou, viajou, até avistar os grandes nimbos, nuvens que vão se transformar em chuva. Foi recebida com alegria e integrou o grupo das novas companheiras. Durante sua viagem pelo céu, a pequena nuvem tinha escurecido e crescido, portanto, já estava pronta para virar chuva. Ouviu-se um forte estrondo e a seguir formaram-se gotas que se precipitaram sobre a terra. Aí, sim, a nuvem sentiu que estava cumprindo sua missão e isto deixou-a muito, muito feliz.

A escritora Mariluiza Campos é associada da regional SP
email: mariluizacam@terra.com.br

Abraço grande a todos.
Regina Sormani

SP: Lua Africana


Olá, pessoal!

O cartão acima se refere à participação do caro amigo, associado da regional SP, o escritor Marciano Vasques no "Valeu Professor"
Parabéns, Marciano.

Um grande abraço,
Regina Sormani

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SP: Quintas (31)

A RESISTÊNCIA DAS CANTIGAS

“Se essa rua fosse delas...” – pensei, ao ver tanto asfalto e carros, e então meus olhos se voltaram para um bosque chamado Solidão e vi, além dele, crianças brincando e cantando as mesmas cantigas – o folclore vivo pulsando nas rodas, nas cirandas e em cada coração infantil. Politicamente corretas? Nem sempre? De vez em quando, poderíamos repousar o nosso olhar suavemente.
Cantigas, provérbios, parlendas, ditados e quadrinhas populares atravessam o tempo e no universo infantil bravamente resistem.
Crianças adormecem com as mesmas cantigas de ninar que outras mães cantavam, e numa noite já tão distante uma voz suave penetrava em minha febre e tentava docemente convencer o menino que era melhor dormir por causa do boi, boi, boi, boi da cara preta, e a cuca, que a qualquer momento poderiam chegar.
Folclore querido, crianças brincam por este Brasil afora cantando as mesmas eternas cantigas populares como “Escravos de Jó/Jogavam Caxangá...”.
Um dia, debaixo de uma sacada, o cravo brigou com a rosa. Essa comovente briga de amor resiste aos tempos da mesma forma que a canoa virou por culpa de alguma criança que não soube remar.
Impressiona como as transformações promovidas pela mídia não afetam o rico folclore infantil, que não se contamina pela modernidade nem sofre as interferências do pensamento contemporâneo. Como explicar? Será que a alma da criança tem insondáveis segredos?
Sim, a alma infantil resiste através das suas cantigas e como é uma alma específica não adianta a modernidade tentar modificá-la. Tudo que a fantasia comercial cria torna-se passageiro, tudo que parecer truque, todas as criações que objetivam apenas lucrar com o mundo da criança, não passam de coisas efêmeras, porque só o que é misteriosamente puro, como um conto de fadas, resiste, num folclore indelével, força que não esvanece. 

MARCIANO VASQUES

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NE: Seminário AEILIJ 2011


No período de 8 a 10 de novembro próximo, na área Infantil e Juvenil da 57a Feira do Livro de Porto Alegre (RS), terá lugar o III Seminário AEILIJ, cujo tema central será "Por um espaço especial para a Literatura nas escolas". Na mesma oportunidade, também, terá lugar a Exposição "Cores e formas que contam histórias" (Expo AEILIJ), no Hall da Casa do Pensamento. Estes eventos têm entrada franca.

Mais informações: por telefone (51) 3286-4517 ou, por e-mail, leitura@camaradolivro.com.br

A programação completa da Feira do Livro de Porto Alegre está disponível aqui.

RJ: Círculo da Infância - Grupo Tear

Círculo da Infância

O TEAR em parceria com o SESC e o Instituto C&A realizam no próximo dia 30 de outubro um evento especial para educadores - em homenagem ao Dia dos Mestres, aos 20 anos do Estatuto da Criança e do adolescente e aos 30 anos do TEAR.

Com a presença dos escritores Bartolomeu Campos Queirós e Daniel Munduruku e das educadoras Maria Amélia Pinho (Casa Redonda SP), Lucilene Silva (OCA SP) e Nathercia Lacerda (CIESPI RJ) serão realizadas rodas de conversa temperadas de ludicidade e reflexões sobre a importância da arte, da cultura e do direito de brincar na infância. O evento ainda contará com apresentação artístico-cultural da Cia Cirandeira. 

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo email: tear@institutotear.org.br ou pelos 3238-3690/ 2238-4927

Dia: 30 de outubro de 2010, sábado

Horário: 9h às 17h

Local: SESC Tijuca

Rua Barão de Mesquita, 539. Tel.: 3238-2131

Programação:
9h - Café da manhã de Boas Vindas

9h30 - Abertura: 30 anos do TEAR e 20 anos do ECA

10h30 - O imaginário na infância com Bartolomeu Campos Queirós 

13h - A arte como brincadeira 

Roda de Conversa com Maria Amélia Pereira da Casa Redonda (SP), Lucilene Silva da OCA (SP), Nathércia Lacerda (CIESPI RJ) e Daniel Munduruku (SP).

15h30 - Café da tarde

16h - Apresentação cultural com a Cia Cirandeira

Maiores Informações:

TEAR
Rua Pereira Nunes, 138 – Tijuca
Telefones: (21) 32383690/ 2238-4927
tear@institutotear.org.br

RJ: 1° Circuito SESI CBTIJ

Prezados Amigos,

Estão abertas de 18 de outubro à 19 de novembro as inscrições para o 1º Circuito SESI CBTIJ de Teatro Infantil. Mais informações no site do CBTIJ 

Equipe do CBTIJ 

(21) 2205.4483 2225.7368

segunda a sexta-feira das 14h às 17h

sábado, 16 de outubro de 2010

RJ: Nova edição de "Para onde vão os dias que passam?" marca a maioridade da carreira de Anna Claudia Ramos


A reedição do livro Para onde vão os dias que passam? marca os dezoito anos de carreira da autora Anna Claudia Ramos, atualmente presidente da AEILIJ.

Este foi o primeiro lançamento da autora, que em sua primeira edição teve ilustrações de Rui de Oliveira e quarta capa de Ana Maria Machado.

A reedição ficou, desta vez, por conta da Editora Escrita Fina e acontecerá no dia 25 de outubro, na Blooks Livraria.
Horário: 19 horas
Endereço: Praia de Botafogo, 316

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SP: Quintas (30)

Talvez esteja o cinema desempenhando uma educação mais arejada. Basta ver o sucesso de alguns filmes. As longas filas repletas de juventude, como acontece com Tropa de Elite-2.

Quisera a escola tivesse a força do cinema. Mas são coisas diferentes! - dirão os que sempre têm palavras parceiras.

Claro que são. Mas a escola deveria ser diferente da escola, ou seja, deveria acompanhar o tempo. Participar desse processo de educação que envolve o cinema no aconchego dos braços adolescentes.

Hoje, dia 15, dia do Professor. Dia de professar. Pois bem: queria falar um pouco de um dos parceiros da educação. O cinema.

O cinema nacional? Sim, pode ser. Tem realmente nos últimos tempos levado à tela da magia alguns filmes que nem deveriam ter entrado em cartaz, mas tem também apresentado coisas boas, de nível excelente, com técnica pronta para competir em mercados internacionais, só para um trânsito rápido em outra esfera. Que música gloriosa é o cinema! Muito bem.

Se o Brasil tem mesmo que apresentar algum filme para concorrer ao Oscar, quem teve a ideia ridícula de indicar o tal filme sobre o Lula? Mas isso é outro assunto.

O importante aqui é falar um pouco sobre a tal parceria na Educação. O cinema é grandioso, lembro-me de ter lido diversos textos quando surgiu o VHS, e mesmo depois, com o aparecimento do DVD, textos que previram que o cinema morreria. Aposta errada. O cinema não morre. Não morre por causa de sua alma. Um segredo: É a mesma alma do livro. Mas não sabem.

Dá gosto ver a meninada no cinema para assistir ao Tropa de Elite-2? Dá. Favorece o favo do olhar. Faz bem. Ponho-me a pensar nas cópias nos cadernos. Aqui um toque: a juventude é uma flor, uma delicadeza só. É uma explosão calada, torcida, sufocada. Uma explosão de fazeres, de sonhares, de poesia, de mundos. "Aborrecente" é o conformismo, a acomodação, a falta de movimentos, de quereres.

Mundos em colisão, mundos que voam. Viva o cinema! Sim, viva, Tornatore! Viva o cinema nacional? Sim, viva!

Com licença, ó "menino da  porteira", deixe o cinema passar.

MARCIANO VASQUES


Um comentário:

Lidi Dias18 de outubro de 2010 14:27
As histórias vem dos livros, da imaginação escrita no papel...Depois passada em imagens que são bem fáceis e visível para quem tem meio preguiça de ler um livro de 600 páginas!
Mas nada indica que um separa o outro...
São uma só história, demonstradas em telas diferentes!
Cinema, livro, Música?!
Tem coisa melhor no mundo?!!
Acho que não! rsrs
Ahh Viva os Professores, quem seria nós sem saber o que sabemos?!
Bela postagem !!
Beijos na alma

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SP: Canto & Encanto da Poesia - Ding, a grande aventura

Meus amigos queridos,

Retirei um trecho do meu livro "DING, A GRANDE AVENTURA" e postei aqui para que conheçam um pouco da história dessa gotinha aventureira.

O livro foi ilustrado pelo Marchi em aquarela e editado pelas Paulinas.
Forte abraço,

Regina Sormani


A gota assim falou:
— Não foi apenas coragem que me trouxe a este rio.
Não foi só o desafio. Preciso chegar ao mar.
São coisas da natureza que rege toda esta terra.
Mãe natureza não erra.
Disse e já foi pulando. E o rio, passando, passando...
João-de-barro admirado, ficou tão impressionado
Que até filosofou:
— A Ding, tão pequenina, tem um destino infinito:
Ora é nuvem no ceu, ora é água no mar.
E eu pra fazer bonito, vou voltar a trabalhar.

domingo, 10 de outubro de 2010

RS: Reflexão

Este ano a AEILIJ/RS coordena e propõe o tema O politicamente (in)correto em Literatura Infantil e Juvenil para seus debates. Durante a 26. feira do Livro de caxias do Sul realizamos o debate com Márcia Leite, Jacira fagundes e Flávia Ramos. Na 56a. Feira do Livro de Porto Alegre realizaremos o seminário Por um espaço especial para a literatura na escola, enfocando o tema que orienta nossas discussões em 2010.

Após o encontro em Caxias do Sul, a escritora Jacira Fagundes, associada AEILIJ/RS produziu o texto abaixo texto que reúne um apanhado geral do que foi debatido e que terea prosseguimento nos dias 10, 11 e 12 de novembro na Casa do pensamento, Área Infantil da feira do Livro de Porto Alegre. Desta vez os debatedores convidados são: Leonardo Chianca, Luiz Raul Machado, Elaine Maritza, Lucrécia Fuhrmann, Ilan Brenman, Rosa Amanda Strausz, Rosinaura Barros, João Luiz  Ceccantini e Luiz Antônio Aguiar.

Todos convidados:
As inscrições  através do e-mail: visitacaoescolar@camaradolivro.com.br
Ou pelo telefone: (51): 3286-4517

Segue o texto de Jacira Fagundes:

Antes de situar o politicamente correto ou (in)correto, que vem a ter a mesma conotação, porque se está falando da mesma coisa, quero desenvolver o conceito de correção em algum segmento do conhecimento. 

Excetuando as ciências exatas, correção nos segmentos das ciências sociais, da moral, da ética, dos valores, da filosofia, sociologia, ciências econômicas e outras tantas o correto é um conceito relativo.

Daí que estabelecer o que é correto ou não para uma sociedade, ou grupo de indivíduos, e principalmente para o segmento das artes em geral é de uma imprecisão desalentadora. É nas artes em geral que se estabelece o uso da plena liberdade , e até o abuso (está aí a polêmica quanto à arte contemporânea, ameaçada muitas vezes de não se constituir arte, porque mal entendida ou suscetível de preconceito. As obras de Gil Vicente na Bienal).

Se é impossível identificar o que é correto ou incorreto nas artes visuais – a pintura, a escultura, a ilustração de obra literária – ou na arte literária, no que diz respeito ao texto – a abordagem do tema, o enfoque, o discurso – como determinar uma política de correção? Como estabelecer os limites para a produção textual, do que se pode abordar, o que não se deve abordar. E para a ilustração, o que pode informar e o que se deve ocultar.E como estamos falando em texto ilustrado já estamos trazendo o livro de literatura infantil e juvenil que costuma oferecer as duas leituras na mesma obra; e simultâneas: da imagem ou ilustração e do texto ou palavra.

Os termos legais – a política dos bens culturais

O Anteprojeto da Lei que altera dispositivos da Lei Autoral – Lei 9.610 de 19/02/1998. A Associação de Escritores e Ilustradores de LIJ, em julho deste ano, enviou carta ao Ministro da Cultura trazendo um pronunciamento da categoria dos profissionais do livro, escritores e ilustradores. 

O tratamento dado à produção de arte visual e arte literária no Anteprojeto constitui ato de desprestígio e falta de conhecimento do que seja produção de bens culturais. Autoriza a reprodução e distribuição indiscriminadas sem justa contrapartida para o autor, o que fere o direito autoral.

Tal tratamento é politicamente incorreto, embora a política estatal não o considere.

A Literatura infanto-juvenil vê-se ainda menos entendida por esta política, porque a crítica ainda, em alguns setores, entende o livro infantil uma obra menor. Mas isto está melhorando e muito se deve à escola que entra como mediadora de leitura, cada vez mais legitimando a literatura infantil.

Mas o aspecto que mais nos diz respeito, como escritores de obras infantis, é a obra em si, que deve conter um texto que interesse à criança, que a cative, onde ela experimente emoções de alegria, medo, ansiedade, prazer e até tristeza e raiva. Emoções estas que a criança vive em sua realidade e aprecia retomá-las na ficção como uma brincadeira, um faz de conta, um imaginário, a coisa lúdica e prazerosa.

Mas é um adulto o autor da obra infantil. E o quê escrever e como escrever para crianças, permanecendo adulto? A meu ver, é preciso buscar na memória a sua criança. Não propriamente cenas passadas, mas principalmente estabelecer contato com sua criança, deixá-la brincar, soltar a imaginação, rir, aventurar-se, transgredir, encarar limites, vivenciar a curiosidade. São traços inerentes a todas as crianças, mesmo as de hoje, as que lidam com computadores, celulares e videogames. 

Também estabelecer contato e dialogar com a criança de hoje, que difere da criança de ontem justo pela mídia. É uma criança que assiste e interage em programas televisivos e virtuais, que cumpre agenda, que ataca muitas frentes simultaneamente (judô, natação, inglês, shopping, transportes escolares, a propaganda e a informação indiscriminada). 

E, por fim, e o que acho mais instigante e difícil para este adulto que escreve, que entra num terreno de fantasia e de descobertas para criar uma história infantil: manter-se longe do texto.

O politicamente correto, neste caso, e isto é garantia de um texto de qualidade, é que este autor adulto pense a criança. Que seu pensar adulto não interfira, nem a voz que costuma aconselhar, educar, assistir, punir, ensinar, estabelecer limites, proteger, moralizar ou socializar, todas estas ações que cabem ao adulto na realidade, que se as evite na ficção pois que o livro infantil é terreno infantil. 

Claro que a ideia que o escritor tem da criança para a qual direciona sua obra, será sempre compatível com os próprios valores e sua concepção de mundo, que se deseja naturalmente sadio em todos os aspectos e sustentável. 

Incorreto seria estabelecer a priori o que pertence ou não pertence ao universo infantil e negar a existência de matéria, que igualmente ocupa a mente infantil mas que é considerada tabu ou assunto polêmico por alguns, como morte, violência, desejo e sexo, por exemplo, que as julgam inadequadas e não pertencentes ao universo da criança. 

Isto ocorre, por vezes, com o autor da obra infantil e não raras vezes, com o próprio Ministério de Educação quando da seleção e indicação de livros para uso das escolas. 

Literatura é arte, e como toda arte não prescinde da liberdade, muito pelo contrário, a arte é libertária. A maior ação da arte, para ficarmos no politicamente correto, é questionar o mundo. 

A obra infantil ou literatura infantil não se afasta do mesmo conceito.

Sua função é aventar com possibilidades de invenção do mundo, e para tal precisa criar espaço para pensar, discordar, duvidar, sugerir, reorganizar e até transgredir. Espaço para o contraditório e a ambiguidade, para o diálogo com a obra e a experiência pessoal, para a identificação e a estranheza, para o conhecido e o diferente.

Quanto mais leituras o texto literário infantil suscitar, maior será a sua contribuição para a informação e formação da infância na sociedade.

Postado por H

RS: Imagem de Monika Papescu

Criação da ilustradora Monika Papescu para o projeto Jogos de inventar, cantar e dançar, do Grupo bando de Brincantes.

RS: Convite - Rosana Rios


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SP: Quintas (29)


O SOL DA LAURINHA


Quando entrei, a classe parecia uma mistura de parque de diversão com aeroporto. Um deles ao reparar a minha chegada espalhou a notícia, que feito rastilho de pólvora se rastejou numa estonteante velocidade, como só podia ser.
- A professora chegou! A professora!...
Em poucos segundos o silêncio foi restabelecido. Crianças são ágeis.
- Hoje a aula será sobre o nosso Sistema Solar. Aproveitando que lá fora está um dia ensolarado, vamos falar sobre o Sol.
Iniciei falando da importância do Sol para nós, dizendo o quanto ele é benéfico para a nossa saúde e o quanto a vida no planeta depende dele para sobreviver.
- Já imaginou se o Sol se apaga?
Uma das menininhas pôs a ponta dos quatro dedos na boca e ficou em pasmo.
Laurinha, como sempre, com os ouvidos colados em minha fala.
Depois de falar do benefício do astro-rei e ter distribuído um desenho com um Sol divertido, narigudo e com óculos escuros para que eles colorissem, retomei a fala afirmando que Ele é o centro do Sistema Solar, - como sempre, ilustrando com minhas garatujas artísticas o Sol e os nove planetas.
E fui em frente.
- O Sol é uma estrela!
- Não é, professora!
- Não?
- Não!
- Quem disse isso?
Só podia ser ela, mas fiz o meu teatro, fingi que não havia distinguido a voz no meio dos burburinhos.
- Fui eu, professora!
Sim, a Laurinha, lá estava ela me desafiando novamente.
- Querida, o Sol é uma estrela, de quinta grandeza, quer dizer que ele é uma estrela grande. É a mais próxima do nosso planeta, por isso o vemos tão grande, mas não é diferente das outras estrelas, que estão distantes de nós. Se as víssemos tão perto também iriam parecer grandes.
- Mas o Sol não é uma estrela, professora!
A teimosia insistia. Um autêntico duelo entre o mestre e o aprendiz. A coisa mais saudável que podia me acontecer. Uma pequena criatura de cinco anos tentando me desautorizar, insistindo que eu estava errada. O Sol não é uma estrela! Mas não me daria por vencida e buscaria todos os meus recursos, abriria como sempre a minha caixa de tesouros dos argumentos.
- O Sol tem luz e calor, Laurinha, como todas as estrelas.
- Pode ter luz e calor, mas não é uma estrela.
- Por que não?
- Porque eu sei que ele não é uma estrela.
- Longe de eu encerrar a discussão com aquela menininha. Afinal era sempre o momento mais interessante e atraente das minhas aulas. E como ela costumava fazer, despertava a minha curiosidade. Por que afinal insistia que o Sol não é uma estrela?
- Agora quero que venha aqui à frente e nos diga o que sabe. Quero ser convencida de que o Sol não é uma estrela.
- É pra já.
E lá foi toda cheia de si, como se guardasse em si um intocável e insondável tesouro.
Parou diante da classe tão confiante que logo compreendi que fossem quais fossem os seus argumentos, ela estava prestes a ganhar a batalha intelectual com a professora. Como eu já aprendera que a lógica da criança não é lógica, é mágica, tentava antecipar uma resposta para algo que viria e sobre o qual não tinha a mais vaga noção do que poderia ser.
- E então? Agora quero, meu bem, que me diga o motivo pelo qual afirma que o Sol não é uma estrela.
- A senhora por acaso já viu o Sol de noite?
A classe inteira a me olhar, pasmada, esperando que eu dissesse algo.
Ela com o mais largo sorriso no rosto, olhando para mim com aquela cara de vencedora, e eu ali, entre gargalhar e chorar de raiva pela minha imprudência pedagógica.
Quem mandou ensinar uma coisa tão abstrata para uma criança tão esperta, que ia do quintal direto para a escola?

Marciano Vasques

sábado, 2 de outubro de 2010

RS: Ler é iluminar-se!

Na 26a. Feira do Livro de Caxias do Sul, pelo segundo ano consecutivo a AEILIJ/RS firma sua parceria e realiza a mesa de debates com o seguinte tema: O politicamente (in) correto em Literatura Infantil e Juvenil.

Os convidados:

Márcia Leite - escritora e editora de LIJ - SP
Jacira Fagundes - escritora - RS
Flávia Ramos - especialista em LIJ - RS

Mediação:

Hermes Bernardi Jr. - escritor e ilustrador de LIj, coordenador regional AEILIJ/RS

06/10, 18h, no auditório da 26a. Feira do Livro de Caxias do Sul

Venha se iluminar de novos olhares neste debate!

Postado por H 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SP: Vice-Versa de Outubro de 2010

Caros amigos,

Participam do Vice-Versa de outubro: o escritor, poeta e editor Marco Haurélio Fernandes e a ilustradora Naomy Kuroda.
Obrigada!
Um forte abraço,
Regina Sormani


Naomy Kuroda

Marco Haurélio


Perguntas de Naomy

1.) Marco Haurélio, como e quando a Literatura de Cordel passou a fazer parte da sua vida e da vida literária?

Acho que desde que nasci. Eu sou de uma localidade chamada Ponta da Serra, município de Riacho de Santana, no Sudoeste da Bahia. A casa do meu pai era, como nós dizemos, parede e meia com a de minha avó, Luzia Josefina. Ela guardava, numa gaveta, muitos romances de Cordel, que eu folheava, mesmo antes de aprender a ler. Eu me recordo dela contando a História da Princesa Rosa, de Silvino Pirauá de Lima (um dos pioneiros do Cordel). Detalhe: ela não possuía mais o folheto, mas reteve todo o conteúdo na memória. O que não era difícil para uma pessoa que sabia de cor inúmeros contos populares, rezas e cantigas. Quando aprendi a ler, aos seis anos, já tentei escrever o primeiro Cordel. Aos sete anos, eu sabia, do começo ao fim, a história de João Soldado (de Antônio Teodoro dos Santos) e Juvenal e o Dragão (de Leandro Gomes de Barros).

2.) Como escritor, de que forma funciona o seu processo de inspiração e criação e quando você se sente satisfeito com a sua obra para soltá-la ao mundo?

Em relação ao Cordel, que é o gênero com que mais me identifico, normalmente eu escrevo num caderno, já procurando respeitar a estrutura básica (em geral as sextilhas de sete sílabas). Na transposição para o computador, eu procuro fazer as correções, substituir as palavras inadequadas, procurando manter a espontaneidade. Leio umas três vezes e, a partir daí, comporto-me como a águia em relação ao filhote no alto da montanha: “voa, meu filho!”.

3.) Quais seriam as qualidades fundamentais para que o escritor e o ilustrador de literatura de cordel produza boas obras?

É preciso que haja sintonia. Há muito tempo, por causa da desinformação, pensava-se que a única forma de se ilustrar um Cordel era por meio da xilogravura. Hoje, sabe-se que essa informação não se sustenta nem pela história do Cordel, nem pelo grosso das publicações no gênero, que evolui da capa cega (do início do século XX) até a policromia, adotada pela editora Luzeiro de São Paulo no início dos anos 1950. No meu livro, Breve História da Literatura de Cordel, não por acaso, há um capítulo que se chama “Da capa cega à policromia”.

Hoje, com a evolução gráfica e temática, livros infantis e infantojuvenis em cordel são uma realidade cada vez mais presente. A qualidade dos trabalhos varia, até porque nem todos os editores estão preparados para esta demanda. Por outro lado, têm surgido ótimos trabalhos. Acho que é preciso evitar o falso “pitoresco”, como fez a Elma, que ilustrou o meu A lenda do Saci-Pererê em Cordel, publicado pela Paulus. Ela imprimiu a marca dela ao trabalho, e a espontaneidade prevaleceu sobre a tentação de fazer algo mais conceitual.

4.) De que maneira a Literatura de Cordel tem evoluído desde o século XIX até os dias de hoje?

Esta evolução ocorre dentro do processo de mudança por que passou – e passa – o país. O Cordel já foi chamado de “o jornal do sertão”, que é um qualificativo verdadeiro, mas reducionista, pois não leva em conta a grande variação temática da poesia dita popular. Por outro lado, desde Leandro Gomes de Barros, o grande desbravador dessa seara, o Cordel apresenta os mesmos temas trabalhados até hoje: sátira, histórias dramáticas, romances de encantamento, pelejas e desafios, histórias de anti-heróis etc. Em relação ao aspecto gráfico, eu já respondi na questão anterior. A grande inovação, no meu entendimento, é mesmo a adoção do Cordel por médias e grandes editoras, que estão publicando obras de autores egressos do meio tradicional e que não vêem nenhum problema com os novos formatos. Essa foi a grande travessia que a nossa geração ousou fazer.


Perguntas de Marco Haurélio

1.) Naomy, começo parabenizando por seu belíssimo trabalho e com uma pergunta básica: o que a levou ao mundo das imagens? O fato de o seu pai ser fotógrafo, conforme o belo depoimento no seu blog foi decisivo?

Muito obrigada.Todas as vezes que recebo comentários gentis em relação aos meus trabalhos fico muito feliz assim como uma mãe que tem a sua boca adoçada ao ver seu filho receber um beijo. Eu nasci como a segunda filha de uma família em que a arte tinha o seu espaço reservado. Meu pai, fotógrafo profissional, amante da literatura japonesa, minha mãe embora fosse "do lar" era uma retratista de tirar o chapéu e nas suas horas de lazer escrevia poesias e histórias infantis em língua japonesa e algumas até premiadas. Na minha infância, até onde minha memória permite retroceder, desenhar era a atividade mais prazerosa e a que ocupava a maior parte do meu dia. O castigo mais temido era o de não poder desenhar. Aprendi a manusear o pincel e as tintas com a minha mãe quando comecei a colorir as fotografias em preto e branco para os clientes do meu pai. Foi numa época em que não havia fotografias coloridas. Embora desenhar nunca tenha deixado de fazer parte da minha vida cheguei a ter outra profissão para poder sustentar este prazer. No meu ambiente de trabalho, como todos conheciam meus desenhos, a cada aniversário, despedida e aposentadoria de algum funcionário me pediam para confeccionar os cartões. Eu colaborava com as minhas ilustrações para os jornais e revistas da empresa. Vendo isto, o chefe do departamento me chamou para uma conversa:
- Naomy, você nunca pensou em se profissionalizar como ilustradora? Eu acho que você está perdendo tempo.
Ao ouvir isto de um profissional sério e competente me senti avalizada e fortalecida para batalhar e fazer do que mais gosto uma profissão.

2.) Transformar palavras em imagens?” e “transformar imagens em histórias”. O que é preciso para que haja sintonia entre texto e ilustração, e vice-versa?

Acredito sim, em uma sintonia entre texto e ilustração, mas, acredito mais ainda numa energia que atrai um texto ao ilustrador e vice-versa.
Muitas vezes recebo histórias para ilustrar e isso, a princípio me assusta achando que não tenho estilo para aquele texto, mas, encaro o texto, vamos nos estranhando, conhecendo, gostando, sentindo o prazer do desafio e quando percebo já estamos amigos e as ilustrações terminadas.
Cada história que recebo para ilustrar é uma oportunidade de ampliar o meu horizonte profissional e descobrir as minhas faces escondidas. Penso também que a boa percepção do editor que faz a escolha do ilustrador servindo de ponte entre a história e o ilustrador também é o que faz a diferença. Então, quando um editor me destina uma história para ilustrar aceito com muito prazer e procuro fazer o melhor.

3.) Você ilustrou algumas fábulas. O que elas podem ensinar nos dias de hoje?

Acho as fábulas maravilhosas. Acredito que todos nós que tivemos o prazer de ler inúmeras fábulas contendo ensinamentos subliminares temos dentro de nós um profundo conhecimento sobre a conduta moral e ética ideal. Muitas vezes, o grande problema é que quando adultos, pressionados pela vida corrida e com a transformação dos interesses primordiais, tais ensinamentos ficam esquecidos lá no passado. Portanto, eu acredito que seria ótimo se os adultos nunca se desligassem da literatura infantil. Que visitassem sempre os livros infantis como se visita a casa dos pais. 

4.) Você ilustraria um texto em cordel?

Seria um desafio muito interessante. Sempre gostei muito de ler as poesias da literatura de cordel, da pureza, da religiosidade, da arte do cotidiano e do folclore do Brasil. 
Admiro muito as ilustrações que enriquecem os folhetos rústicos da literatura de cordel. Nunca recebi um texto em cordel para ilustrar, mas como eu respondi na pergunta número dois, seria uma oportunidade para estudar mais, pesquisar mais e descobrir-me capaz.